Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) acaba de aprovar a criação da especialidade em Fluência. Desta forma, o CFFa reconhece oficialmente os avanços nos conhecimentos científicos na área da Fluência e também a atuação diferenciada dos fonoaudiólogos desta área.
A criação da especialidade era uma demanda antiga dos fonoaudiólogos brasileiros com atuação mais voltada à fluência e seus distúrbios (gagueira e taquifemia, principalmente). Também era uma demanda das pessoas com distúrbios da fluência, que ansiavam por profissionais mais bem preparados.
A criação da especialidade irá impulsionar a melhor formação dos fonoaudiólogos que trabalham ou desejam trabalhar com os distúrbios da fluência. São necessários conhecimentos específicos para realização do diagnóstico diferencial em fluência, sabendo diferenciar, por exemplo, gagueira de taquifemia, gagueira de tiques, gagueira de fobia social. Também são necessários conhecimentos específicos para planejar o tratamento individualizado de cada paciente, sabendo lançar mão das técnicas fonoaudiológicas mais adequadas para cada caso. Além disso, são necessários conhecimentos específicos para reconhecer quando se precisam de tratamentos oferecidos por outras áreas da saúde (como neurologia, psiquiatria/psicologia, otorrinolaringologia, odontologia e fisioterapia) para que melhores resultados sejam obtidos com a fonoterapia.
Um dos itens da resolução publicada pelo CFFa fala em minimizar o impacto dos distúrbios da fluência tanto para seus portadores, quanto para seus familiares. Entendo que é este o grande objetivo da criação da especialidade.